segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Review 4° temporada série Sherlock


                Quem é fã de Sherlock sofre, as temporadas demoram a estrear e nunca temos uma certeza de quando voltará, para nosso alivio de vez em quando surge um especial de natal para matar a saudade, como foi o do ano passado, mas um episódio é muito pouco para quem espera anos, até três episódios de uma temporada também são, então sempre esperamos algo grandioso, que nos surpreenda, que seja melhor do que já foi feito nas outras temporadas, que supere nos expectativas. Infelizmente essa temporada não foi tudo o que estávamos esperando, mas algumas cenas valeram a pena à espera.

       Começamos essa 4° temporada com a grande duvida: Moriarty está vivo? Seu ressurgimento foi o plot do final da 3° temporada e assunto explorado no especial de natal, mas de nada estávamos certos, afinal a série tem seu histórico de matar e ressuscitar personagens, já aconteceu com o próprio Sherlock, Por que não poderia acontecer com o Moriarty que é um vilão tão querido e carismático? Não darei spoiler só digo que ele protagonizou uma das melhores cenas dessa temporada e ao som de Queen ainda por cima reafirmando sua posição de diva.
       E por falar em mortos que ressurgem, nessa temporada também temos outro personagem que morre e ficamos na duvida se irá reaparecer. É um personagem amado por alguns e odiado por outros, uns acharam que já foi tarde e abriu espaço para uma relação mais profunda entre Sherlock e John, sem ficar entre eles (coisa de shipper) a altura dessa descrição talvez você já saiba quem é, só posso dizer que não gostei da sua morte, era um personagem que ainda tinha muito para ser explorado, logo agora que veríamos uma nova versão dele. Talvez conflitos pessoais entre os atores tenham surgido e por isso sua saída ou talvez os produtores quisessem fazer o que já citei e dar ao povo o que eles queriam, alimentar os fãs que “shippam johnlock”

             E nessa nova temporada também vemos novas versões dos personagens principais. Srta Hudson sempre foi uma personagem querida, mas inferiorizada de propósito e nessa ela se afirma como alguém importante na trama e não apenas a faxineira dos amigos. Inclusive ela também protagoniza uma das melhores cenas ao dirigir de forma desgovernada um carro de luxo e passar um sermão para os que ficam chocados com a cena (maravilhosa <3) temos Molly assumindo de uma vez por todas que ama Sherlock e ele mais uma vez a iludindo (mesmo que dessa vez não propositalmente) e não correspondendo.


             Mycroft também tem bons momentos nessa temporada, aqui ele funciona como uma espécie de vilão e cutuca as feridas do passado do irmão, feridas que nem mesmo ele lembrava que existia. E surge um familiar dos dois que vai gerar muita confusão e momentos tensos. O 3° episódio da série é todo conduzido por essa pessoa e parece uma espécie de Jogos mortais, que foi diferente e interessante, mas destoou dos outros episódios, criando um novo enredo e novos conflitos, se esquecendo dos anteriores, fechou algumas lacunas, mas deixou outras abertas. Por exemplo, gostaria de ter visto mais da relação do John com sua filha, mas isso foi reduzido a uma cena fofa e só.
          Por falar em John, sabe as novas versões dos personagens? Aqui ele tem uma que desagradou ao publico (mas ficou pior ainda depois que descobrimos que o flerte entre os personagens era parte de um plano) e vemos um Martin Freeman no piloto automático, ele é um ótimo ator, mas não dá o melhor dele aqui, ao contrario de Benedict cumberbatch que mesmo com um roteiro esquisito consegue extrair sua melhor atuação.
            Sherlock está mais viciado do que nunca e suas crises são onde Benedict entrega seu melhor desempenho. Por vezes ele até se distancia do seu Sherlock confiante, mas logo volta para seu personagem. Aqui ele está mais humano e consciente das consequências dos seus atos. Sua insistência em se culpar pela morte de determinado personagem citado acima é meio pedante, nem de longe parece o Sherlock lúcido e racional de antes.
          Mary é uma personagem que foi sendo reduzida, enquanto a Srta Hudson foi elevada ela foi diminuída e se tornou a preferida de Sherlock, o que não colou muito, até os produtores parecem ter percebido essa derrapada e consertaram da pior forma possível.
     A 4° temporada de Sherlock teve mais momentos ruins do que bons, a edição (especialmente do 1° episódio) foi apressada e descuidada, uma verdadeira lambança, assim como alguns diálogos e partes do roteiro, mas mesmo em seu pior momento a série é boa, agora o jeito é esperar para ver se os criadores Mark Gatiss, Steven Moffat e o Steve Thompson farão uma nova temporada ou mandarão os fãs pastar depois da enxurrada de criticas nas redes sociais.

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