sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Review Livro A Viagem do Tigre


          Já resenhei aqui no blog os dois primeiros livros dessa saga e como vocês podem ver no review de O Resgate do tigre, ele não foi um livro que me agradou muito. Foi muito arrastado e tedioso, mas o final trouxe um bom cliffhanger, o que me fez querer logo ler o próximo, ou seja, o livro que vos resenho agora. Eu não sei que feitiço essa saga tem que mesmo me desagradando em muitos pontos consegue fazer com que eu continue a ler ela.
       A Viagem do Tigre começa exatamente da onde o outro livro parou, com Ren desmemoriado e Kelsey sofrendo por isso. E Para libertar Ren da maldição e da amnésia, assim como Kishan da maldição, eles partem de barco para enfrentar cinco dragões místicos e encontrar o colar de pérolas negras da deusa Durga.

           Confesso que estava gostando desse novo Ren, mais despreocupado e divertido, ele tem bons momentos nesse livro, momentos que resgatam o velho Ren de A Maldição do Tigre, porém quando acontece a reviravolta prevista ele começa a se tornar um chato de novo e a “desmemorização” dele é uma das coisas mais bizarras já escritas pela autora Collen Houck durante a saga e olha que ela já passou dos limites várias vezes, digamos que sua mente é muito fértil, as vezes fértil até demais. Ren volta a ser totalmente obcecado por Kelsey, enquanto ela está mais livre do que nunca, intercalando romances com os irmãos, dando em cima do instrutor de mergulho, paquerando um dos dragões (mesmo que por uma boa causa) mas mesmo a autora forçando uma autossuficiência da personagem, nota-se que ela é totalmente dependente de Ren, mesmo quando não está namorando com ele.

            Ela stalkeia ele e faz todas as vontades dele, nesse ele está mais Edward Cullen do que nunca, além da falta de memória ele sente dor ao toca-la, o que faz ele querer se afastar dela para o próprio bem da menina, exatamente o que Edward fazia quando sentia que ele ou sua família era uma ameaça para Bella. E o tigre branco está cada vez mais possessivo e machista, ele diminui Kelsey ao insinuar que ela está sendo vulgar, ele não quer ficar com ela mas bota a culpa nela pelos pretendentes que vão surgindo, como se ela os provocasse, como se ela fosse uma vadia. Ele chega a ser ciumento e insuportável. Chega ao cumulo de brigar com ela por que ela cortou o cabelo! What? 


        Em contrapartida Kishan está deixando Kelsey livre para tomar suas próprias decisões, a respeita e cuida dela da forma saudável que o irmão não consegue ser, Kishan é tão cavalheiro que pode soar como um homem bobo, já que somos levados a pensar isso quando um homem é bom demais com uma garota, mas suas ações nos fazem torcer para que ela o escolha. E ela até faz isso algumas vezes durante o livro, sim, ela está bem confusa e os relacionamentos aqui são todos iô iôs.
        Quanto as aventuras, as retratadas nesse terceiro livro são as melhores, cada encontro com um dragão é uma chuva de coisas novas a serem descobertas, cada um tem seu reino na terra e é divertido conhecer cada um e saber mais deles, eu particularmente adoro dragões, por isso para mim foi um prato cheio. Um deles faz até uma espécie de Jogos vorazes com os tigres o que é muito legal.
            A saga do tigre em geral é fruto de uma boa ideia e a autora é muito visionaria, ela imagina universos mirabolantes e é ótimo ler sobre eles e descobrir os detalhes de cada ser ou objeto místico, ela consegue se sair bem nas partes de aventura, mas o romance dos livros é reciclado e ela peca muito nisso, ela poderia fazer muito mais com esses dois príncipes indianos imortais, mas ela insiste em torna-los meninos dependentes, bobocas, impulsivos e ciumentos. Acho que se eu lesse esses livros na minha adolescência estaria suspirando por eles, como foi com Crepúsculo e se eu lesse crepúsculo hoje estaria escrevendo exatamente a mesma coisa que escrevi nessa critica. Há e esse infelizmente não tem um cliffhanger tão bom quanto o anterior. 

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