sábado, 29 de agosto de 2015

Review 2° temporada True Detective


       Em meio a algumas similaridades com a 1° temporada, está 2° temporada de True detective terminou de forma mais pessimista, o que era bem previsível.
A segunda temporada pretendia seguir os mesmos moldes da primeira e em alguns quesitos os produtores (inclusive Mathew Mcconaughey) foram fiéis. O clima tenso e melancólico transcorreu no decorrer de ambas. A corrupção, os dramas familiares, a perseguição que vai tomando ritmo, todos esses fatos continuaram presentes. Mas algumas coisas tinham que mudar. Umas foram bem-vindas e outras nem tanto.
       True Detective é uma série Da HBO que assim como as outras também foi bastante assistida e premiada, além das críticas que se renderam a produção, as técnicas e as atuações e realmente não há como falar mal de tal coisas. Principalmente nas atuações. Com seu papel de Rust, Mathew confirmou o que já haviam descoberto em Clube de compras Dallas, que ele realmente sabe atuar e de forma sensacional. E logo ele, o cara das comédias românticas (comédias essas que eu amo) fazendo esse papel do homem atormentado, depressivo e sociopata. Ele foi o ÚNICO ator em toda minha vida que me fez chorar ao ver uma excelente atuação. As lagrimas correram na última cena da temporada, onde ele e Martin conversam de forma tão profunda. Não me contive, assim como os críticos me rendi ao talento de Mathew e simplesmente chorei... não por que ele estava dizendo coisas bonitas (ele estava, mas não foi por isso) não por que foi legal de ver aquele cara tão incrédulo se quebrantar, mas sim porque naquele momento ele mostrou que é um dos melhores atores dessa geração, sim o cara das comédias românticas (que eu amo/2) me fez chorar simplesmente ao vê-lo atuar num drama. Coisa que nenhum Pacino fez.
Todos do elenco se saíram bem, Woody Harrelson que é sempre uma boa figura para se ter na tela, michelle Monaghan, outra atriz das comédias românticas que surpreendeu e Alexandra Daddario, mas que foi ofuscada por sua cena de nudez. True detective tem isso de pegar atores improváveis e arrancar deles suas melhores performances. Nessa temporada isso também prevaleceu.
Agora temos Rachel Mcadams (aparentemente eles querem converter os atores das comédias românticas em atores dramáticos) Colin Farrell, que já está acostumado com os dramalhões e a passear por entre todos os gêneros, Taylor Kitsch (o ator que quase faliu a Disney com seu péssimo John Carter) e a escolha mais improvável para um possível vilão, Vince Vaughn (o cara desengonçado e bobalhão das comédias) e assustadoramente ele foi um dos melhores dessa temporada. (Ao lado de Farrel)


       O enredo se baseia mais uma vez na investigação de um crime ao decorrer de toda temporada, mesmo que depois vá surgindo novas tramas e problemas a se resolverem. Rachel é Bezzerides, uma mulher durona que tem uma irmã que faz filmes pornôs e um pai hippie, Colin é Ray Velcoro o quase Rustin da série, cheio de paranoias e esquisitices, tem um “filho” ruivo e gordinho que tem medo dele e ele não sabe muito bem como agir com o menino já que a mãe não aprova a proximidade dos dois. Taylor é Paul, um policial motoqueiro que é obrigado a se tornar investigador por uma armação, ele é gay enrustido e tem problemas com a mãe e Vince que é Frank, quase um Wilson Fisk, o gangster que é o cara poderoso que todos temem e que eu achei a temporada toda que fosse o grande vilão (na verdade ele oscilava entre mocinho e vilão) pena que foi perdendo a força e se tornando vulnerável.

       Essa temporada foi mais difícil de ser compreendida. A introdução de coisas novas sem a devida explicação das antigas deu um nó no cérebro algumas vezes. Não se sabia quem era o bonzinho e o malvado, quem estava traindo quem, nada foi mastigadinho (e dessa vez isso não foi bom). Eles deixaram de explorar o tema religioso tão explorado na 1° e focaram nas falcatruas políticas e na crise, tema tão atual. Até o cara poderoso estava em decadência. Assim como a 1° ela foi melhorando no decorrer dos episódios, mas True Detective é um tipo de série para quem tem paciência, ela não começa das melhores, demora para pegar no tranco, os primeiros episódios introdutórios são sempre os mais cansativos, mas com foco, força e fé os episódios finais são sempre melhores. E no fim ela escolheu como os vencedores da trama as minorias. Os estrangeiros levaram a melhor e as mulheres também, pois foram as únicas que sobreviveram e escaparam para uma possível vingança, que talvez nem venha a ser concretizada já que o elenco mudará na próxima temporada. Mesmo com excelentes atuações vindas dos lados mais improváveis e fazendo uma temporada mediana ainda fico com a primeira. Mathew né mores? 

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