sábado, 25 de julho de 2015

Review Homem Formiga


       O Homem formiga é mais um filme da Marvel, porém que destoa dos atuais por nos trazer um filme de origem, diferente das continuações que saem aos baldes. Isso é um alivio e também uma motivação para ir ao cinema e conhecer mais um herói Marvel dos quadrinhos, um não muito conhecido, mas com uma ideia heroica original que merecia ser explorada.
       O diretor do filme é Peyton Reed que fez seu nome em comédias românticas interessantes como Abaixo o amor, ele foi o segundo na linha de sucessão graças a saída de Edgar Wright (big mistake, huge) e isso foi excelente para o filme já que Peyton é especialista em filmes com bom humor, sofisticado e acessível ao mesmo tempo. Talvez com Wright ele seria mais um filme de heróis que só vale a pena pelos efeitos especiais e que contém o “humor homem de ferro” ou seja mais sarcasmo do que o puro humor de dar risada livremente. Não que Edgar não saiba conduzir um bom humor, ele possui vários títulos de comédia, só estou divagando.
       Neste filme conhecemos Scott lang, que após sair da cadeia não sabe o que fazer para ganhar a vida e pagar a pensão da filha (só assim ele poderá vê-la e se reaproximar dela) ele é cercado por três amigos malucos (ex presidiários também) que vivem de serviços sujos, em um deles ele entra na casa do Dr Hamk Pym a procura de bens preciosos, mas só acha a roupa de encolhimento. Pym já estava com tudo planejado e ele precisava de Scott para impedir que sua formula de encolhimento não caísse nas mãos de seu ex seguidor Daren Cross, um cara meio maluco que quer criar um exército de “jaquetas amarelas” super soldados minúsculos.
       Os primeiros trailers não despertaram a minha atenção e tão pouco o conceito em torno do herói, eu pensava nele como o Chapolin colorado americano, onde o botãozinho da roupa é equivalente as pílulas encolhedoras e a surpresa de relaxar e me divertir com o filme foi a melhor coisa. O homem formiga é um dos heróis mais antigos da Marvel e só agora conseguiu um espaço só seu e trouxe com ele um dos filmes de origem mais legais da Marvel estúdios. Para mim só fica atrás do primeiro homem de ferro. E por falar nele, assim como Tony Stark, Scott também é um gênio no que envolve química, física e cálculos que eu não assimilei da escola (sou de humanas, realmente sou) só não é playboy e milionário como Stark.
 Scott tem uma vida muito comum, a mais comum de todos os heróis da Marvel. Após sair da prisão conseguiu um emprego ruim e foi demitido do mesmo, retratando a dificuldade de um ex detento para arrumar trabalho. Fora que ele tem a filha dele para cuidar, ele não pode simplesmente vestir o traje e torcer para sobreviver, ele tem algo muito importante a perder, ele precisa ser o herói da própria filha em primeiro lugar, descobrimos no ultimo vingadores que outro herói também tem filhos e uma família a zelar, mas a diferença é que os vilões não sabem disso, já o vilão de homem formiga sabe....

E por falar na filha a cena de batalha no trem de brinquedo foi bastante divertida, o bom deste herói é que as maiores (ou seriam menores?) Batalhas acontecem microscopicamente, como essa do Trem que além de trazer a adrenalina da cena de ação também arrancou risadas. As cenas de transição do homem para o herói foram pertinentes e divertidas, não cansativas como geralmente é, foi divertido de acompanhar, assim como as que Scott estava no tamanho de uma formiga, as coisas que acontecem ao redor, a agua de uma banheira caindo como se fosse um tsunami, os pés das pessoas na boate como se elas fossem o Godzilla, é intrigante ver o mundo em 3D através da perspectiva dele. As cenas com as formigas não estavam visualmente perfeitas mas continuam sendo legais. O bom do homem formiga é que ele não precisa destruir toda nova york para salvar o dia. 


       Além das perspectivas inovadoras relacionadas as cenas de ação e efeitos visuais, Ant man também inova no humor, o sarcasmo norte americano é deixado de lado e entra o humor britânico, mas não que o sarcasmo não apareça. Paul rudd é um ótimo comediante e está engraçado neste também mesmo com a aparência abatida, mas os amigos dele interpretados por Michael peña, T.I. e David Dastmalchian são definitivamente os que fazem rir. Peña é o melhor, ele não é o típico paspalhão, ele é um trambiqueiro quase abrasileirado (só que graças a Deus sem o humor mastigado) não poderiam ter escolhido melhores coadjuvantes. Os protagonistas da trama também tiverem um ótimo desempenho. Paul Rudd encarnou o herói e mostrou que sabe fazer outros gêneros, sabe dramatizar e ser o pai amoroso. Evangeline Lilly que faz seu par romântico volta mais uma vez como uma mulher durona (antes como a elfa Tauriel de O Hobbit) mas que demonstra sensibilidade em certo ponto, ela está ótima na personagem, apresentando uma boa atuação e um corpo sarado, com ombros musculosos, assim como Paul que reforça a insistência da Marvel em tornar atores antes gordinhos em gostosos (vide Chris Pratt e Robert Downey Jr) Evangeline só pecou na peruca que estava totalmente artificial e desnecessária (para o próximo filme: pare migs) Outro ator que cumpriu seu papel foi Michael Douglas que está melhor nesse do que em alguns trabalhos recentes. Seu personagem vive o mesmo dilema de Scott com a filha. A questão da aceitação, que parece ter sido o foco do filme pois o vilão também procura isso de Pym, antes de enlouquecer de vez e seguir com seu plano absurdo, roubando a ideia de seu mentor, seu objetivo de plano maligno é pouco convincente e é difícil comprar a causa dele, ele se mostra um dos vilões, mas fracos da Marvel e que menos amedronta.
       Ant man é um filme modesto e humilde perto dos outros parceiros Marvel. Mas que surpreende em muitos aspectos conseguindo superar até aqueles mais cheios de efeitos especiais. O visual do herói é bonito apesar de simples em sua composição e ser longe da ostentação de uma armadura de ferro. A referência aos vingadores são explicitas e feitas como piadas. Até um dos personagens dos novos vingadores surge no meio. Vejam o filme e como é de praxe não saiam do cinema até subir a última letrinha, essas cenas extras valeram muito a pena afinal agora os Vingadores conhecem um cara... ;)

MLI2015: A Maldição do Tigre


       A maldição do tigre é o primeiro livro de uma saga que tem como protagonistas Kelsey, uma jovem que perdeu os pais muito cedo e vive com pais adotivos e acaba arrumando emprego num circo que está em sua cidade de passagem. Lá ela fica intrigada com um tigre branco magnifico que é bastante dócil com ela, mas na verdade esse animal é um príncipe indiano amaldiçoado que se chama Ren. O sr Kadam que é uma espécie de empregado e fiel escudeiro de Ren propõe que Kelsey a acompanhe até a índia para ajudar o príncipe a quebrar a maldição.
       Uma curta sinopse como está foi um dos motivos pelos quais quis ler esse livro, comprei a saga completa de uma só vez em uma dessas promoções maravilhosas do submarino e já os deixei estocados para leitura, e quando surgiu o desafio (sim para mim está sendo um desafio) da maratona literária de inverno logo inclui o primeiro livro da saga na minha TBR! Voltemos a sinopse... ela me atraiu bastante graças a minha recém adquirida fascinação pela índia. Nutrida a partir das produções hollywoodianas com dedos (mindinhos) indianos como Quem quer ser um milionário, As aventuras de Pi e O exótico hotel marigold. Estou curiosa para ver filmes de bollywood, daqueles onde os personagens só dançam e não se beijam, aqueles bem clichês, para ver se meu encantamento passa ou aumenta graças aos musicais, adoro musicais! (Também estou encantada pela música, dança e as roupas) por isso quando vi que o livro tinha essa conexão com a índia e possuía vários elementos místicos relacionados a seus deuses e tradições, logo o quis ler. Também me interessa muito o fato do tigre ser um homem, sempre gostei de livros e filmes que abordam esse assunto, acho bastante mágico.
Outro motivo que me levou a lê-lo foi a capa extremamente linda. Uma das mais lindas que já vi. A imagem do tigre branco com os olhos azuis numa espécie de selfie artística e bem posicionada é muito bonita. Cerca de 80% dos leitores do livro foram atraídos pela capa. Boa jogada.

       A autora do livro é Collen Houck (que virá ao Rio de Janeiro para a Bienal) que se mostra mais uma admiradora da saga crepúsculo já que a composição dos personagens é bem parecida com a da saga vampiresca. Já haviam me alertado sobre isso, muitas resenhas comparavam as duas sagas, principalmente Kelsey e Bella e no começo do livro esses traços em comum são imperceptíveis, Kelsey se mostra bem mais arrojada e divertida do que Bella. Independente também já que foi procurar emprego tão jovem, mas é só ela #partir para a índia e conhecer o verdadeiro Ren que as semelhanças começam a ser gritantes. Ela se mostra bastante insegura e insatisfeita consigo mesma e com sua aparência, quase entrega o príncipe de pele de cobre, olhos azuis, sarado e rico de bandeja para qualquer modelo fútil sem cérebro que possa surgir assim que a maldição fosse quebrada (WHAT? ACORDA GAROTA) a justificativa dela é de que ele iria querer conhecer o mundo e curtir a vida de não tigre. O que destoa de sua atitude aventureira do início, quando colocava a mão dentro da jaula de um baita tigre sem sentir medo (qual o seu problema Kelsey?) e depois quando enfrentou vários perigos na caça aos elementos para a transformação de Ren, fora a segurança que ela sentiu ao sair de viagem com dois estranhos. Kells (não curti o apelido, o nome dela é tão bonito) se descontrói aos poucos até sobrar apenas a sonsa da Bella Swan e o Ren também tem seus momentos Edward Cullen. Um príncipe-encantado-indiano-perfeito que se interessa pela menina comum e sem sal e que suplica pelo seu amor quando é desprezado. Ele não quer nada das coisas que a menina acha que ele quer, ele só quer ficar com ela. É nesses momentos que dá raiva da protagonista por que qual menina em sã consciência iria dar um fora num homem como ele? (Não sei vocês kiridinhas, mas eu jamais) mas a submissão de Ren não prejudica a empatia por seu personagem que continua sendo poético e idealizado. Mais um que foi criado para nos fazer suspirar. Mas esse romance não é composto apenas pelos dois, surge Kishan o irmão fura olho de Ren que também tem uma maldição que o transforma em um tigre, só que negro. As cores são excelentes formas de contrastar o bem e o mal, o certo e o errado. Um veste roupas brancas e o outro roupas negras. Mas apesar do passado sombrio, Kishan não é ruim, só traumatizado e começa a se apaixonar pela mocinha sem graça formando mais um triangulo a lá crepúsculo, mas que pesa para The Vampire Diares também pois Kishan com sua atitude de malvado e suas vestimentas negras lembra bastante outro irmão malvado da literatura, Damon Salvatore! Esses triangulo será mais explorado nos próximos livros.


       Outro personagem bastante simpático é o sr Kadam, um idoso sábio que faz companhia pra Kelsey e conta para ela histórias sobre os príncipes tigres (ou gatos) e sobre sua vida, pois ele também é como eles, já tem uns 300 anos e continua com a mesma aparência graças a um artefato milenar que leva consigo. As histórias são interessantes, mas são muitas e os diálogos entre os dois são muito prolongados o que chega a ser arrastado, a própria protagonista dormiu na metade de alguns deles. Eu então nem se fala...
       Apesar das falhas e de copiar elementos de outras sagas A maldição do tigre vale muito apena ser lido. Tem seus momentos de lentidão, com a construção de diálogos entediantes e tem seus momentos absurdos e de esquecimento de alguns personagens (Kelsey liga para seus pais adotivos apenas UMA vez durante a viagem e depois eles não ligam mais e somem, como assim?) Mas é uma ótima aventura, com a criação de seres místicos originais e bem explorados, uma trama bem amarrada com elementos fantasiosos, porém plausíveis dentro de sua proposta. Você se pega imaginando cada ser criado por Collen e se pega eletrizado pelas aventuras de Kells (argh) e Ren (<3) pela selva cheia de elementos sobrenaturais e deusas de vários braços. Até o casal tem seus momentos fofos que nos faz suspirar. Estou louca para ler os próximos livros e acompanhar as notícias sobre o filme (que nunca sai) tomara que a autora nos traga boas notícias na bienal.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

MLI2015: O Pequeno Princípe


       Às vezes me pergunto: por que demoro tanto para ler ou assistir algo? Esse foi o caso com O Pequeno Príncipe, livro famoso pelo mundo todo, escrito pelo autor francês Antoine de Saint Exupéry e traduzido em diversas línguas. Eu o conhecia a anos (quem não o conhecia?) mas nunca o havia lido. Quando criança eu não era educada a ler livros infantis como esse, minha mãe achava que eu devia ler daqueles livrinhos com ilustrações que se comprava nas papelarias. É uma pena não o ter lido quando criança, na verdade todas as crianças devem lê-lo. O pequeno príncipe é aquele tipo de livro que se deve ler em cada fase da vida pelo menos umas três vezes e aprender coisas diferentes a cada vez que ler.
       É difícil fazer uma apresentação dele pois você provavelmente já o conhece. Um piloto cai no deserto do Saara e é despertado por um menino de cabelos de ouro que o pede para desenhar um carneirinho. Os dois começam a conversar e esse menino conta sobre seu planeta B612, sua rosa geniosa que ele ama e protege, e fala sobre suas expedições por vários outros planetas onde conhece seus habitantes e deles trás grandes ensinamentos. Le Petit Prínce é um livro filosófico disfarçado de infantil. Aposto que muitas crianças não entendem os pensamentos enriquecedores por trás desses trechos simples. Talvez daqui a alguns anos elas entendam. Ele é repleto de trechos que nos faz refletir, são tantos que é impossível escolher apenas um que tenha marcado durante a leitura.

       Ele foi minha primeira escolha para a Maratona literária de inverno e vejo que não poderia ter feito melhor escolha. Ele se encaixa na categoria de livros com ilustrações pois comprei o de capa dura que além de possuir estrelinhas brilhantes na capa, dentro é repleto de figuras e desenhos. No finalzinho há uma breve biografia do autor Antoine e suas aventuras como aviador, seus trabalhos, seus livros publicados e seu casamento com a geniosa Consuelo Soucin (inspiração para a rosa do pequeno príncipe) é interessante conhecer as pessoas que o inspiraram a compor os personagens. Não sei se os outros livros também possuem isso mas fiquei satisfeita com este possuir pois assim matei dois carneirinhos com uma cajadada só. (o príncipe me repreenderia se lesse isso, iria me perguntar diversas vezes por que escrevi algo tão cruel, responder que seria uma piada relativa ao livro não seria suficiente pois o pequeno príncipe nunca em sua vida ficaria sem resposta)

Review O Casamento - e as mesmices de Nicholas Sparks


       Demorei quase 1 ano ou mais para terminar de ler O casamento. Havia saído de outro livro do Nicholas Sparks e embarquei nesse em seguida. O outro livro é A escolha, que você pode ler a resenha aqui: reparem na data da mesma e reflitam no tempo que enrolei para terminar de ler esse. Comecei (e terminei) 50 tons de cinza, Garota exemplar e outros no tempo em que lia este livro. Ok, já deu para perceber que eu não estava aproveitando muito a leitura.
       Foi se o tempo em que eu ficava animada em ler uma obra de Nicholas Sparks. Não li todos os livros do autor, mas os poucos que eu li sempre me pareciam iguais. Isso acontece com seus filmes também. Eu não tenho problema em ver o filme e depois ler o livro, muito pelo contrário, quando eu gosto realmente de um filme inspirado numa obra literária eu corro para ler o livro, aconteceu com Garota Exemplar. E o único filme de Sparks que me instigou a ler o livro foi Diário de uma paixão. Este que talvez seja o melhor filme dele (se não for o único bom) talvez seja pelas características comuns de cada obra. Todas (livros e filmes) acontecem num ambiente bucólico, a beira de um lago e fala sobre a menina que conhece o menino aí eles se separam e depois se reencontram. Até os conflitos familiares são os mesmos: mãe que proibi a filha de namorar com o garoto rebelde, personagens doentes, alguma fatalidade acontece, cartas melancólicas que nos fazem chorar e sempre alguém morre.... O escritor nunca foge a regra e toda vez recria a mesma historia. Pelo menos dentre os livros dele que eu li e os filmes dele que eu vi.
       O casamento é um livro de 2003 que é quase uma sequencia do livro Diário de uma paixão, quase por que não é mais sobre Allie e Noah e sim sobre o casamento de sua filha Jane com Wilson, um homem apaixonado por sua esposa, mas nem um pouco romântico o que é bem frustrante para Jane que cresceu vendo o romance épico de seus pais. O livro começa a partir do ponto em que Wilson esquece do aniversário de 30 anos de casamento deles e também do planejamento do casamento da filha. E através de conversas com o sogro Noah e do medo de perder sua esposa pois ela parece não ama-lo mais (o que claramente não é verdade, ela só está decepcionada)
       O livro em si é quase um espelho da realidade de muitos casais que alcançam a maturidade. Jane e Wilson quase não se falam e quase não se veem. Ele um viciado em trabalho e ela a esposa conformada que sente a falta dos filhos que já saíram de casa. Quantas estórias assim você não conhece? Casais com um certo tempo de casório podem se identificar facilmente. Talvez seja por isso que não me afeiçoei de cara. Leva um tempo para a narrativa se tornar realmente interessante. Até a metade do livro são lidos apenas os preparativos do casamento e o empenho de Wilson para tornar tudo perfeito para que a esposa possa admira-lo. Nicholas é um escritor muito detalhista e nesse como não há muito a se contar ele foca muito nos mínimos detalhes da cerimônia o que torna cansativo e chato. Os flashbacks são interessantes, as partes que conhecemos o passado dos protagonistas é um suspiro de alivio em meio aos panos de mesa, rosas em forma de coração e a ornamentação do casarão de allie e Noah. Nenhum personagem do livro é essencialmente especial. Wilson e Jane beiram ao ordinário e comum. Noah com toda sua velhice e reumatismos consegue abrilhantar mais do que Wilson que se esforça tarde demais para ser o marido perfeito.

       O Casamento é um livro cotidiano sobre casamentos de meia idade. E também possui várias características parecidas com as outras obras, inclusive com A Escolha (que eu gostei mais) onde havia uma pomba que era associada a protagonista em coma (ou no caso a alma dela), neste temos um cisne que Noah jura de pés juntos que é a Allie. A única coisa que difere dos outros é o fato do casal ser muito mais velho que os outros casais de Sparks e que, portanto, o tema é direcionado aos mais velhos. Mesmo que eu tenha penado na leitura me senti feliz por não o ter abandonado já que o final trás uma surpresa linda. Digna do Nicholas que apesar de tudo é um ótimo escritor, astuto nas palavras e que escreve livros que são ricos de dicas amorosas.

Review Os Minions


       Os Minions são o exemplo perfeito de coadjuvantes que roubaram a cena do protagonista, tanto que agora tiveram um filme só deles. Neste é contada a trama que antecede o Gru e como eles lutaram até encontrá-lo. Há vários milênios essas criaturinhas amarelas e com dialeto próprio habitam a terra e desde sempre procuraram o vilão perfeito para seguir, o trailer é basicamente a primeira parte do filme, tanto que não consegue arrancar muitas risadas pois já vimos mais da metade da introdução nele. Depois de matar todos os seus vilões eles que encontraram um lugar para chamar de lar se veem entediados por não ter quem servir. E, portanto, Kevin tem o brilhante plano de recrutar dois Minions (Bob e Stuart) para acompanhá-lo na jornada de achar um vilão.
       Desde Meu malvado Favorito 1 e 2 nunca entendi muito bem a fixação deles por encontrar um cara malvado. Se eles são criaturinhas fofas por que não servir a um super-herói? E por que devem seguir a alguém? Até neste Minions essa coisa da servidão não é explicada, é apenas uma característica deles. Eles se sentem entediados e precisam disso. Ainda bem que os diretores sabem pontuar bem esta questão de eles serem escravos, pois afetaria bastante o interesse das crianças e adultos se houvesse uma mensagem de trabalho forçado, até por que eles são criaturas infantis e no mundo todo ainda há trabalho escravo infantil, mas vamos deixar a seriedade de lado.... (até por que as crianças não prestam atenção nisso)

       Depois de seguir longa viagem os mínios chegam aos Eua na década de 60 onde tudo é colorido e paz e amor. Eles rapidamente ficam sabendo de um evento para vilões, uma Comic con só para eles e eles vão para lá a fim de encontrar Scarlett Overkill a maior vilã do mundo. Dublada originalmente pela Sandra Bulock e aqui no Brasil pela Adriana Esteves (eterna Carminha) vi o filme dublado e nem reconheci Adriana pela voz, porém o trabalho ficou excelente, além de ótima atriz também se mostrou uma ótima dubladora e não foi vergonha alheia como outros globais. A voz estava equilibrada e sedutora. Pena que a vilã não é tão cativante como o Gru. Ela é uma femme fatale dos filmes Noir, está ali para seduzir e aderir fãs. Pena que suas maldades não são geniais, seu artefato mais legal é um vestido armadura que nem chega a ser original. Seu capanga/marido/capacho está mais para figurante sem qualquer importância. A rainha Elisabeth (na versão jovem) está bem melhor do que os dois em cena e olha que não há muitas cenas dela. Alguns personagens de Meu malvado favorito dão as caras rapidamente como é o caso do Dr Nefario e da mãe de Gru.

       Os mínios continuam carismáticos, engraçados e simpáticos, mas não tem força para um filme solo. O roteiro em si é fraco e inexperiente. Faz parecer que os produtores só estavam querendo lucrar com os personagens que fizeram tanto sucesso nos filmes anteriores, pois não há uma trama original ou eficiente. A impressão é que eles queriam vender bonequinhos do mc donalds, bichinhos de pelúcia e outros objetos e para isso pensaram em fazer um filme e escrever uma estória qualquer só para “encher linguiça” e deu certo pois está indo bem de bilheteria. Até dá para levar as crianças e se divertir durante duas horas. Há algumas cenas de gargalhar e nas mais divertidas esta Bob, o mais fofo deles. Que carrega um ursinho de um lado e um rato de esgoto do outro. Uma espécie de bebezinho misturado a felícia na versão Minions. Se a Agnes estivesse nesse filme (a propósito senti falta dela <3) já o teria agarrado e diria: ele é tão fofinho! Por que ele é mesmo... O dialeto está mais inteligível nesse filme, só fiquei insegura pelas crianças, pois a maioria das falas não foram dubladas por isso eles falavam muito “come here” ou “so so” e etc...., mas nada que gestos não consigam fazer as crianças se relacionar. Muitas das sequencias de ação foram perda de tempo e eles colocaram muitas a fim de preencher as lacunas. Foi proposital, mas desnecessárias tanto quanto alguns clichês, um deles foi os ingleses tomando chá a todo momento, até quando estão dirigindo, não foi engraçado para os adultos e as crianças provavelmente não captaram a referencia.
       Apesar de ter sido uma animação tão esperada não superou as expectativas. E percebemos que os mínios só trabalham bem quando estão em equipe e quando estão em Meu malvado favorito. Das animações vistas até agora ainda fico com Divertida mente.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Maratona Literária de Inverno 2015: Minha TBR


       
       Este blog é destinado a matérias relacionadas a cinema, séries e livros. Sinto que as séries e livros estão ficando para trás, os livros então nem se fala. O motivo principal é a minha falta de tempo para eles. Enquanto antes eu lia vários num período de três meses por exemplo, hoje em dia se eu conseguir terminar um em seis meses já é uma grande conquista. A correria está tensa, mas pensando nesse triste fato esbarrei aleatoriamente no twitter com a Maratona Literária de Inverno, #MLI2015 que consiste num desafio de ler mais livros do que o habitual até dia 03 de agosto. Cada semana tem um tema e serão quatro semanas de temas e desafios. E relacionado a algo que eu estava em falta, LIVROS! <3 na mesma hora o espirito de Barney Stinson (HIMYM) baixou em mim e eu disse: Challenge accepted! Topei na mesma hora, preenchi o formulário e embarquei nessa aventura, já que estou de F-É-R-I-A-S (só na faculdade, mas ok) por que não tentar?

Essa é minha TBR:

Semana 1: Fantasias, Distopias e/ou Ficção Científica:

O Pequeno Príncipe/ desafios cumpridos: Um livro com figuras ou ilustrações, um livro que alguém escolheu por você e um livro que já virou ou vai virar uma adaptação cinematográfica (em desenho, mas não deixa de ser adaptação)
A Maldição do Tigre/ desafios cumpridos: Comece e/ou termine uma série, trilogia ou duologia e um livro com a capa azul. (Ouvi falar que ele iria virar filme, mas como não há certeza preferi não o incluir no desafio da adaptação cinematográfica)

Semana 2: Thriller, Suspense e/ou Terror:

Garota Exemplar/ desafios cumpridos: Um livro que já virou ou vai virar uma adaptação cinematográfica (este já está pela metade e estou amando, o filme é excelente, em breve uma resenha conjunta do livro e do filme aqui no blog)


Semana 3: YA Contemporâneo, Romance e/ou Drama

A garota que você deixou para trás/ desafios cumpridos: Um livro que você ganhou
Um Mais Um/ desafios cumpridos: Um livro que você ganhou (oown, dois da Jojo Moyes, amooo)

Semana 4: Livros Nacionais

Dom Casmurro/ desafios cumpridos: Um livro do gênero que você menos leu ano passado.
       
      Está aí pessoal, lerei seis livros e pretendo não flopar (como está na moda falar no twitter) não cumprirei o desafio do livro com mais de 400 pags, pois sei que seria uma derrota humilhante, mas na categoria de livros nacionais estou vendo se encaixo mais um, mantenho vocês informados! Tentarei fazer resenha ao final de cada leitura, só assim esse blog se enche de reviews literários <3 o período de inscrição do formulário já passou, era até dia 03/07 mas isso não impede de vocês se desafiarem e lerem também. Façam isso vai ser legal. E se você ainda não entendeu muito bem essa maratona segue o link do canal Geek Freak (eles que criaram a maratona, mais precisamente o Victor) que explica direitinho tudo e também o link da pag no face onde tem todos os temas, desafios, vídeos e posts de canais e blogs com suas TBR’s







sábado, 4 de julho de 2015

Review Divertida mente


       Divertida mente marca o retorno da boa e velha Pixar com uma animação de narrativa envolvente e tocante, tão diferente dos filmes anteriores, a maioria continuações superficiais e fracas. Carros 2 é o maior exemplo. Neste retornamos a antiga formula que dá certo, filmes bonitos que nos fazem rir, mas também chorar, que nos emocionam e nos fazem pensar. Refletir sobre o que é importante na vida, onde o foco sempre é a amizade ou a família.
       Neste entramos dentro da cabeça de Riley, uma menina comum e divertida que tem uma relação muito boa com os pais e os amigos em Minessota, mas as coisas começam a ruir (literalmente) quando precisa se mudar pra São Francisco e não consegue se encaixar. Quem rege os pensamentos e as emoções da garota são cinco seres fofos que vivem em seu cérebro. A alegria, o medo, a tristeza, a raiva e o nojinho. Eles sempre conviveram de forma equilibrada, apesar das diferenças, mas um toque da tristeza foi suficiente para que as coisas na cabeça de Riley saíssem dos eixos. A alegria que é a líder deles e a emoção mais antiga dentro da cabeça da menina é sugada para fora da “sala de controle mental” juntamente com a tristeza e precisam arrumar um jeito de voltar já que todas as ilhas de pensamento de Riley começa a desmoronar.
       A sinopse do filme pode parecer confusa, confesso que só entendi realmente o conceito do filme após assisti-lo. Os trailers e as sinopses não foram o suficiente para mim, talvez nem seja para você, e está aí mais um ótimo motivo para vê-lo.

Sabemos que a Pixar é mestre em criar universos alternativos que dão certo e esse é mais um, é o mais complicado de se compreender, mas as dúvidas vão se esclarecendo ao decorrer do longa. E como os filmes anteriores o visual é primoroso. Os efeitos visuais podem parecer mais humildes nesse, mas é só observar bem que verá uma obra prima cheia de detalhes, riqueza nas texturas e nas cores. Isso é um fator que atrai muito as crianças. O modo como criaram o amigo imaginário da protagonista e os cabelos da alegria, da tristeza e da nojinho são bastante detalhados e impressionantes, todo o brilho do azul e do verde é de encher os olhos. O estúdio também é fera no quesito cabelo, todos sabemos disso depois de Valente. 


       Além da parte visual, divertida mente também surpreende no roteiro nos agraciando com um texto recheado de originalidade e verdades. Apesar daquele universo ser fruto de uma imaginação bem fértil sempre há sentimentos reais implícitos em cada cena. As crianças podem não captar algumas coisas, mas os adultos vão se identificar diversas vezes. Seja em situações que já viveram na adolescência ou que ainda vivem. (Os seres da mente dos pais de Riley rendem ótimos momentos que só os adultos entenderão) nele se mostra o que acontece com as memórias que vamos esquecendo, o que ocorre nos sonhos e até nos pesadelos e fala muito também aos jovens expondo de forma amena a solidão e a depressão. Não há clichês, só fatos verídicos expostos no intuito de nos fazer rir de nós mesmos e das coisas ruins. No núcleo mental a tristeza e a alegria são as protagonistas. A alegria tenta fazer Riley feliz todos os momentos de sua vida e acha que em sua vida só deve haver felicidade, mas a gordinha e fofa tristeza vive atrapalhando, alegria até tenta afasta-la, mas ela sempre está lá (como na vida) mas após serem expelidas juntas elas começam a se aceitar e perceber que não há felicidade sem antes haver tristeza. Sim o filme é lindo neste nível.
       O filme também retoma o conceito do amigo imaginário, eles próprios caçoam o fato das crianças não saberem mais o que é isso. O da menina é uma mistura de muitas coisas, um elefante, um gato, um golfinho e um algodão doce ambulante que chora doce. E na adolescência quando temos as paixões platônicas (aquele era o Justin Bieber?) E a ilha dos vampiros românticos (que por sinal já tive essa, Edward, Damon, Stefan e etc.... rs) pena que não vi muitos adolescentes na minha sessão, espero que tenha sido diferente nas demais salas pelo mundo, por que além das crianças esse é um filme que fala com os “teens” por que idealiza uma relação saudável com os pais (relação que todos deveriam ter, apesar das desavenças) e fala da honestidade com os mesmos, pratica que faltam a muitos jovens.
       Divertida mente não é apenas uma animação divertida e colorida para as acrianças curtirem, é um filme com alto teor psicológico que aborda os mais variados temas com muita praticidade e diversão. Pode até parecer ser sério, mas não se engane ele é engraçado e fofo porem com carga pensante. É daquele tipo de filme que agrada qualquer faixa etária e nos faz sair da sala com um sorriso no rosto. O começo do filme já nos toca e diversas cenas podem nos levar as lágrimas, o diretor é Peter Docter, o mesmo de UP que concidentemente me levou as lagrimas na mesma proporção que esse. Foi aplaudido no festival de Cannes deste ano e com certeza é um dos mais inesquecíveis filmes de animação. 

Review Supergirl (episódio piloto)


       Como é de lei nas séries de super-heróis ultimamente, supergirl também vazou antes do tempo. Estava prevista para o final do ano, mas antes disso algum super haker tomou posse do episódio piloto.
Nela conhecemos Kara Zor-El a prima do superman que assim como o primo famoso foi enviada a terra por seus pais. Enquanto Kar-El foi enviado ainda bebe para se salvar de um planeta em plena destruição, Krypton, Kara já era mais velha e foi enviada com a missão de proteger o primo, mas sua capsula/nave ficou presa numa espécie de zona fantasma onde o tempo não passa e quando saiu daquele lugar de vários “nadas” intergaláctico enfim chegou a terra. Ela ainda criança e Kar-el (agora Clark Kent) um adulto super-herói e superfamoso. Ela não tinha mais missão e impossibilitada de voltar foi adotada por uma família “terrestre” onde o pai é o ator Dean Cain que interpretou o homem de aço na série Lois e Clark e a mãe é Helen Slater que interpretou a supergirl em 1984. Na série Kara é forçada a ser uma menina comum, com um emprego ruim e uma chefe detestável...que merda hein? Te entendo migs!
       A série só pode ser classificada como de heróis, quadrinhos e watever, nessa primeira parte, onde se explica o porquê das coisas, na famosa introdução à historia e depois nos momentos de freedom dos poderes e descoberta de alguns deles por que tirando isso supergirl é O Diabo Veste Prada.
       Diferente de seu primo, Kara permanece com seu nome verdadeiro (até por que alguém que se chama Kar-el sofreria muito bullyng, mas ainda do que sofreu) e trabalha num jornal assim como o primuxo e as coincidências não param por ai...ela também é tímida, se veste de maneira formal, tem uma chefe mandona e usa óculos. Eu sei que tudo isso veio dos quadrinhos (não sou leitora de quadrinhos e não repetirei os motivos dramáticos do porquê) e tal, mas analisando a série vemos que são essas semelhanças que trazem mais do mesmo para quem assiste. Existiu Smallville para os meninos (e para as meninas também por conta do protagonista gato) e agora existe supergirl para as meninas, por que dificilmente um menino irá assisti-la por muito tempo.


       Melissa Benoist (supergil) está mais eficiente nesta série. Em Glee não dava para saber se sua personagem caricata era fruto de um roteiro mal escrito ou se Melissa era só mais um rostinho bonito e sem graça. Como Kara, ela está mais confiante, não excepcional, mas regular. Apesar de parecer em alguns momentos que está interpretando Marley (Glee) novamente como quando sua personagem tem dificuldade pra falar com os rapazes. Um deles o melhor amigo (que representa o clichê da firendzone) e outro é um ex fotografo do planeta diário. Jimmy é amigo de superman e já o fotografou varias vezes alem de possuir uma grande admiração pelo herói, já no primeiro episódio rola um clima entre os dois. A chefe de todos eles é Cat Grant uma executiva poderosa que menospreza todo mundo, principalmente Kara, as duas em cena são a pura imitação televisiva de Miranda Priestly e Andrea (ou seria Emily?) a grande chance do reconhecimento de Kara poderá vir a partir da supergirl, que Cat quer trazer para si assim como o planeta diário tem o superman. Outra personagem importante é Alex a irmã adotiva da heroína que trabalha secretamente para Henshaw, chefe de uma organização de proteção contra as forças alienígenas e, portanto, implica com a heroína e até sua irmã, eles são uma organização que busca entender e descobrir coisas do universo extraterrestre. A grande implicância dele também se dá pelo fato de Kara ter libertado sem querer querendo um grupo de vilões de outro planeta enquanto ela tentava vir para terra. Um deles a encontra nesse episódio e protagoniza com ela a primeira cena de combate. Mas não a primeira de heroísmo pois essa acontece quando vai acontecer a tragédia do avião e ela salva os passageiros, se revelando para o mundo.
       O piloto de supergirl não teve muitas surpresas, até porque todas as cenas importantes dele estavam no trailer imenso lançado dias antes. Talvez atraia um publico feminino maior e é legal ver uma série de super-heroína no meio de tantas protagonizadas por homens, o problema é que ela não inova, é quase uma comédia romântica com superpoderes. Os efeitos especiais poderiam ser melhores e o uniforme também não me agradou muito (apesar de que a cena dela escolhendo foi divertida). Não é uma série péssima, até dar para assistir de boa o problema é manter o interesse. Ainda mais para pessoas que assim como eu perdem o interesse rápido por séries de heróis, aconteceu comigo com Arrow, agents of shield e Flash. Eles deveriam apostar mais no lado dela como supergirl pois o lado heroína que acorda cedo, vai trabalhar, aguenta uma chefe mala eque cuida de todos menos dela mesma é tão corriqueiro como nosso dia-a-dia.