terça-feira, 31 de março de 2015

Review Kingsman - Serviço Secreto


       Nunca fui fã de 007 ou se quer de outros filmes de espionagem, a identidade e a supremacia bourne assisti de bom grado assim como os infinitos 007’s do mundo do cinema, mas passam longe de serem filmes imperdíveis para mim. Porém não posso questionar a qualidade dos filmes e a tamanha importância que eles têm para a sétima arte. Tanto é que Kingsman é um filme do estilo homenagem/sátira a esses filmes e séries de espionagem. As referências são muitas e as piadinhas também. Como o questionamento aos planos malignos dos vilões que sempre têm personalidades incomuns. Eles sempre explicam como será executado o plano maligno e sempre planejam algo impossível e bem desastroso.
       E assim é Kingsman, um filme sobre espionagem que tem como principal o rapaz eggsy (taron egerton) que é um desordeiro e tem problemas com o padrasto e sua gangue de maus caráteres, até que ele conhece Harry (Colin Firth) um “coroa” sangue no olho que acaba com a raça desses caras e leva o menino para ser recruta em uma agencia de espionagem bem militarizada. Lá ele recebe o treinamento e vai vendo que entrar ali é fácil em comparação a se manter. Além do treinamento ser pesado e um tanto inusitado, seus colegas (com exceção de uma colega que acaba virando sua parceira, mas não há interesse romântico) fazem tudo ficar mais difícil. De um lado há Eggsy (que estava pedindo para ser zoado de “ovo” com um nome desses) um menino de classe média baixa e de outro os riquinhos esnobes. Essa é uma das causas discutidas pelo filme. Das pessoas que nasceram em berço de ouro e vivem de menosprezar os outros. Com o tempo “Egg” vê que não pode rotular todos os ricos como vilãos, até por que nem todos os pobres são os mocinhos, vide a tal gangue do padrasto dele que pertencem a sua classe mas agem como idiotas. Dinheiro ou a falta dele não define caráter.
       O protagonista rebelde, impulsivo e maluquinho contudo corajoso, engraçado e bom filho é interpretado por Taron Egerton um novato que surpreendeu a todos com sua boa atuação. Tanto nos diálogos, quanto nos combates e principalmente nas interações bem humoradas (como pode alguém conhecer My Fair Lady e não conhecer Uma Linda mulher? Essa cena foi mais surreal que as de porradaria) principalmente com Harry, personagem de Colin Firth, que mais uma vez interpreta um lorde, só que dessa vez com armas e guarda chuvas multiuso nas mãos. Ele perdeu peso para o filme e é quase convincente nas cenas de briga, se não fosse pela câmera que pega o rosto do dublê diversas vezes. Ele sempre procura diversificar em seus papeis e esta foi mais uma missão dada que foi cumprida. O vencedor do Oscar está melhor do que nunca, um verdadeiro cavalheiro kingsman, o que ele é na maioria dos seus filmes. Sempre um lorde, digo e repito. Até como um homossexual enrustido cantando e dançando em Mama mia. 


       Samuel L. Jackson está em todos os lugares, dessa vez ele não está ao lado dos heróis usando um tapa olho, ele é o vilão de língua presa e visual rapper que não gosta de fazer o serviço sujo por que tem horror a sangue. (what?) Um homem bilionário que pretende exterminar o “vírus” que está matando o planeta terra, vírus mais conhecido como raça humana e para isso ele cria um chip que promete ligações, mensagens e internet gratuita. O sonho de qualquer viciado em tecnologia como eu e você, porem quando inserido no dispositivo móvel ele faz as pessoas ficarem com raiva e quererem matar umas às outras, ou seja é melhor ficarmos com nossos chips de operadoras que sempre tão sem área e come todos nossos créditos. Seu nome é valentine, um nome propositalmente oposto a sua conduta. Ele tem uma assistente chamada Gazelle que põe em pratica suas loucuras e ainda banca a segurança dele. Sua maior arma são suas pernas, que não são usadas para seduzir e sim para cortar seus inimigos em pedacinhos. Uma grande ideia, o encaixe perfeito.
       As cenas de violência são um espetáculo à parte. Mathew Vaughn retorna com sua forma peculiar e sanguinária de fazer as coisas, sempre dando atenção aos detalhes em cena, desta vez não se vê muito sangue, mesmo em meio a cenas de mutilações e tiros certeiros na cabeça porém a violência continua exagerada e um dos maiores atrativos do filme, tal como Kick ass. E esse pode ser um dos melhores trabalhos do diretor até agora. Abriu mão de X-men dias de um futuro esquecido por esse e por isso se dedicou ao máximo para fazê-lo espetacular. Bom, ele conseguiu e ainda dedicou o excelente resultado a sua falecida mãe.
       Kingsman assim como a maioria dos filmes da atualidade também é baseado em quadrinhos, o artista é Mark Millar. É claro que é difícil ter o mesmo efeito que os quadrinhos de herói tem sobre o público, mas é algo tão grandioso e bem feito quanto as adaptações cinematográficas que já surgiram. A cena da igreja pode causar certa polemica, mesmo que há uma justificativa para o massacre que acontece lá. Muitos religiosos poderiam se sentir ofendidos, isto se o filme tivesse dado boca a boca. Ainda estamos nos recuperando da febre cinquenta tons e em transição pra a febre Vingadores 2, ai não deram a devida importância ao filme. Talvez quando sair na tv a cabo, quem sabe?. Neste vemos o líder e os membros religiosos totalmente estereotipados e fanáticos, a justificativa nesse é o tal do chip, mas nem dá tempo de xiar por conta da eletrizante cena do Freak out de Harry na igreja porque foi umas das coisas mais loucas e sensacionais que o cinema já proporcionou. A cena final também é digna de reprise. Eggsy se transforma na segunda Hit girl de mathew (numa versão mais boazinha e menos letal) e domina as cenas de ação de encerramento, a porta dos fundos foi super merecida ;) 

Good Bye Glee :(


       Quando Glee estreou em 2009 fiquei extasiada ao ver o primeiro episódio. Para escrever esse texto além do ultimo episódio também vi o primeiro afim de sofrer mais. Dito e feito, foi tão nostálgico relembrar o momento da minha vida quando vi Glee pela primeira vez. Eu estava no ultimo ano do colegial e lembro de querer com todas as minhas forças que meu colégio fosse como essa revigorante série. Mas ele não era....
Era um colégio comum, com nada de especial. Mais um colégio brasileiro que segue a cartilha ou o currículo da rede publica de educação. Aulas de português, matemática, biologia, física, química, a tortura chamada educação física (onde só havia um esporte: handebol, o ano inteiro, todos os anos) e era basicamente isso. Sem nenhum programa que incentivasse a cultura e a arte. Provavelmente a sua escola também era, ou é assim. E se não era, (ou é) você não faz idéia do quanto é sortudo.
Coral, aulas de canto, dança, as lideres de torcida, teatro. Como eu queria que tudo isso existisse na minha retrograda escola. É claro que estou dando uma americanizada nas coisas, mas esse é só um desejo profundo que eu tinha de pertencer a algo especial. Assistindo Glee eu me sentia próxima de todas essas coisas. Aquilo era a ficção que eu gostaria que fosse minha realidade.
       Nunca recebi raspadinhas coloridas na cara, nunca sofri o bullying que os personagens da série receberam por serem gays, filhos de gays (no caso da Rachel), gorda, cadeirante, asiática, burra, esquisita ou qualquer outra coisa e agradeço a Deus por isso, esses são motivos pelos quais jovens do mundo inteiro se identificaram com a série, no meu caso me identifiquei com a Rachel, simplesmente pelo fato de também ser invisível. Eu não sei o que dói mais, uma raspadinha gelada ou o fato das pessoas te “conhecerem” por anos e nem saberem seu nome, o fato de chegar ao terceiro ano do ensino médio após estudar 3 anos com as mesmas pessoas e uma delas (um garoto, sempre tem que haver um idiota) virar pra você e dizer: você fala? Achei que fosse muda! Mas as coisas melhoraram pra mim e pra Rachel Berry também, pois deu a volta por cima, deixou de ser a nariguda fracassada da primeira temporada para ser a vencedora do tony na última. Lea michele fez da Rachel um dos personagens mais icônicos da televisão, porque mesmo quando ela ainda era invisível, ela era ambiciosa, guerreira, inteligente, talentosa, independente e única. Com uma personalidade que nem dez Quinn’s fabray alcançariam. (No quesito atuação também, Lea é bem melhor do que a chata da Dianna Agron)
       Passamos seis incríveis anos no Mckinley acompanhando a evolução desses personagens incríveis. Sr Shue, Rachel, Finn, Mercedes, kurt, Artie, tina, Santana, Britanny, Quinn, puck, emma e a ladra de holofotes Sue sylvester. Toda vez que Jane Lynch aparecia com sua presença e suas piadinhas preconceituosas (confesso que ria quando ela chama kurt de porcelana) era um show a parte.


       Cada um desses personagens abordou um tema tabu para os adolescentes. Quantos depoimentos vemos de teen que se assumiram por causa de Glee? A série inovou na sua proposta de trazer a mesa assuntos não muito explorados em outras séries. A homossexualidade, sexo. Gravidez, síndrome de down, obesidade, toc, bullying, suicídio, alcoolismo e até no ultimo momento o show de Ryan Murphy quebrou mais um tabu ao abordar a barriga de aluguel como forma de ajudar casais gays (Rachel grávida de kurt e blaine é muito amor) tudo era discutido abertamente para conscientizar o telespectador e abrir os olhos dos pais que assistiam junto. Minha mãe assistia só por causa das baladas românticas apresentadas por eles. Rs
      E por falar em musica, não há como negar que os covers eram o maior atrativo da produção. Quantas musicas conheci através de Glee, e quantas delas eu só ouço na voz deles? É claro que algumas eles não conseguiram salvar e algumas versões não ficaram tão boas como as originais, como Girls Just wanna have fun, que deveria ser uma versão divertida das meninas, mas fizeram uma versão mais melancólica que não colou. Eles mesmo tiram sarro de algumas versões em alguns episódios. Além das musicas também existem as milhares referencias aos musicais, desde funny girl, Chicago, os miseráveis, hair, cantando na chuva até frozen. Sempre fui fã de musicais e saber que a série era musical foi o principal atrativo para começar a assisti-la. Virei fã de Barbra streisand só por que seu nome foi citado 300 vezes por Rachel. A ligação de Glee com a cultura pop e cinematográfica também era muito forte. O próprio nome da protagonista era por causa de outra Rachel de uma série super popular com os melhores friends ever.
       E por falar em amizade a série nos ensina que nunca é bom ficar sozinho, sempre é melhor trilhar com alguém ao nosso lado. Os integrantes principais criaram um laço muito forte e no começo eles se odiavam. E acompanhar esses laços afetuosos que era o gostoso da série, mas os criadores apertaram um botão do controle remoto que avançaram muito as coisas. Quando eles criaram um vinculo, logo Ryan Murphy (the diretor) deu um jeito de separá-los. Acreditei que Rachel, kurt, blaine e Santana em nova York renderia ótimas tramas mas o cansaço foi repentino e logo o publico queria a volta do elenco principal ao mckinley, onde tudo era mais familiar, simples e bom. Trocaram eles por copias totalmente sem brilho. Nem se deram ao trabalho de inovar na composição dos mesmos, nos deram versões pioradas dos originais. Atores sem força e presença alguma. Aquela Marley (Melissa Benoist) era um sonífero cantante, não sei da onde ela tirará talento para interpretar a super girl. A que fazia a Quinn 2.0 também, outra cheerleader crente do rabo quente. Além de outras duplicatas que não deram certo e sumiram em seguida. Esse foi o erro de Glee, por isso que pessoas como eu que amava a série deixou de assisti-la. Ela sumia com personagens bons que poderiam ser ótimos se bem explorados, como a Sunshine do começo da 2° temporada, o Jesse, que apareceu na ultima temporada já casado com berry e tantos outros. Além da Demi e do Adam que apareciam eventualmente, sem nada a acrescentar. Temos que admitir que apenas as duas primeiras temporadas valeram realmente a pena.
E quem diria que terminaríamos a série sem Corey? O protagonista Finn que era carismático e burrinho mas que tinha uma voz encantadora. As homenagens prestadas são de encher os olhos d’água.
       O Glee club acabou. Não da forma que merecia, o ultimo episódio não foi tão emocionante, mas tudo bem. Torcemos para que eles tenham sorte e que surjam mais séries com a mesma proposta, e que elas dêem certo, que não flopem como Smash. Sentiremos saudades do Mckinley, mas a lição principal aprendemos na sala do coral: Don’t stop believin...

terça-feira, 17 de março de 2015

Review Simplesmente Acontece


     Simplesmente acontece, ou Love Rosie, é a adaptação do livro Onde terminam os arco íris. Títulos bizarramente opostos. A autora é Cecília Ahern, a mesma de PS Eu te amo. Ambos os livros (e filmes) tratam de fatos cotidianos da vida de um casal misturados a coisas complicadas e difíceis de acontecer. Por mais romântico que o marido seja ele não vai lembrar em seu leito de morte de fazer uma fita com etapas divertidas a se seguir para amenizar a dor da esposa e também um casal de jovens livres e desimpedidos no tempo acelerado de hoje não vão demorar anos para ficarem juntos. E mesmo que isso tudo pareça inverossímil é ótimo de ver na tela. Nos dá esperança quanto ao amor.
      Alex e Rosie são amigos inseparáveis desde criança e sempre estão oscilando entre a amizade e o amor, mas os eventos da vida vão acontecendo e os obstáculos vão surgindo e os impedindo de ficarem juntos. A sinopse é bem clichê e à primeira vista parece mais um filme sobre amigos que se amam mas não confessam um para o outro, só que Love Rosie não é apenas isso ele é um filme que trata de obstáculos reais. As vezes as coisas não saem como planejado. Gravidez indesejada, fazer a fila andar, morte, frustração, viagens para outros países, não saber o que fazer da vida, o ato de conhecer parceiros idiotas, tudo isso faz parte da incrível jornada que seguimos. (Parece até que estou escrevendo um review de um filme do Nicholas sparks)
      Contudo o clima não pesa por isso, o sentimento de “love is in the air” é constante e até a fotografia contribui para o clima de romance, quando eles estão juntos o amarelo do sol salta a tela, o céu fica mais azul, a praia propicia mais romance e as conversas na areia pinta o cenário perfeito para um casal, só eles não percebem, essas imagens sem as falas e com alguma música da Whitney ou da Celine Dion ao fundo daria um ótimo vídeo de casamento. Tudo parece bem encaixado para fazer o telespectador torcer pro namoro dá certo, mas os protagonistas discordam. E é ai que as luzes do dia dão lugar as luzes da balada. Parece até que a escuridão é o que os separa. Pois a maioria das cenas de conflito são passadas a noite.


      Os protagonistas são vividos por Lily collins e Sam Claflin. Lily é adorável em qualquer personagem que ela faça, a filha do Phil collins (é ritual citar o pai dela, aliás as músicas dele também se encaixariam nos momentos acima) se sai bem na tela. Ela ri e chora com naturalidade e sempre com graça e beleza. Ela deveria arriscar um pouco mais em sua carreira, se escolhesse dramas com potencial talvez seria até indicada aos oscars e others prêmios por ai. Lily até diversifica, já esteve em Sem saída com Taylor lautner, Instrumentos mortais (mas uma saga adolescente em busca de estrelato porem muito fraca) e já foi até a branca de neve. Seus filmes em sua maioria são direcionados ao grande público e ela tem se aperfeiçoado com suas escolhas bem diferentes. Neste ela é uma adolescente secretamente apaixonada pelo melhor amigo mas que acaba engravidando de um babaca da escola. Ela decide ter sua filha, mas não tem o apoio imediato dele e sem o apoio até financeiro ela passa por poucas e boas, empregos meia boca e dificuldade para se ajustar como mãe, a cena do primeiro dia da filha na escola é hilária. Além de esconder a filha dos outros, até do melhor amigo que está nos Eua fazendo faculdade e morando junto com uma mulher chata e depois outra e todas loiras, bonitas e insuportáveis.... O filme ressalta aquela fantasia de que existe a mulher certa e não importa quantas surgem, A mulher certa tá lá te esperando. Nas comédias românticas a mulher certa é de preferência a melhor amiga. Sam continua alternando entre a cara de safado e a cara de coitado. Nunca outra coisa além disso. Apesar de neste ele está mais encantador. O que lhe falta de atuação ele compensa no charme.
      O filme é muito bonito mas como nada é perfeito há uns erros de continuidade, além do citado acima, do amigo não saber da gravides também não há reação dos pais ao Rosie contar que está gravida, ela parece não ligar pro bebe mas num piscar de olhos assim que ela nasce se apaixona, o fato dela dar Alex de mãos beijadas pra ex dele que ela odeia, o clichê da melhor amiga diferente e engraçada, que por acaso ela conhece quando vai comprar o teste de gravidez, o pai ausente que aparece porque a filha fez um desenho pra ele, o fato dela ficar com ele só por que ela quer uma família e alguém que cuide dela, o fato dos anos se passarem, a filha crescer e ela continuar com a mesma cara de adolescente, a filha parece a irmã mais nova, e mais tarde a filha acaba por vivenciar a mesma história de amor da mãe.
Uma das melhores coisas do filme é a trilha pop diversificada. Para cara momento há uma música alegre e que se encaixa perfeitamente no contexto da cena tal qual como fuck you da Lily alen, Crazy in love da Beyoncé (olha ela ai de novo) Tiny dancer do Elton john, Mimi & the mad noise factory – Get me back e outras que com certeza você já ouviu por ai. A cena que ela começa a ter as contrações ao som de Push it é muito engraçada e uma boa sacada.

      Simplesmente acontece é uma boa comédia romântica que tem elementos parecidos com muitas outras mas que nem por isso deixa de ser divertida. Tem lá suas falhas mas nada que atrapalhe a good vibe dessa produção. Está passando despercebida pelo público brasileiro e não rendeu muito nos Eua, o que é uma pena. Não é daquelas que marcam sua geração, mas tem um ótimo romance e quem sabe daqui a alguns anos seja descoberta. 

Review Cinquenta Tons de Cinza


     Cinco anos se passaram desde o lançamento da trilogia do furação chamado Cinquenta tons de cinza e enfim chega as telas o filme tão aguardado pelos fãs.
     Como era de se esperar o filme foi um sucesso absoluto (apenas de bilheteria) assim como o livro e só aumentou a chance de que venham mais filmes por ai, e quanto mais às pessoas vão assistindo mais polemicas vão surgindo.
     Não preciso te dar uma sinopse gigante do filme, pois você já o conhece e o filme não tem enredo nenhum por isso é fácil explicar, Anastácia conhece Christian Grey ao entrevista-lo e do nada se vê encantada por ele, por nenhum motivo aparente ele corresponde a afeição dela, mas ele não é o namorado perfeito, ele é um sádico que tem formas bem peculiares de amar, ele não vai ao cinema e passeia de mãos dadas, ele prefere lugares mais reservados, como o quarto vermelho da dor e isso é basicamente Cinquenta tons de cinza... Depois dessa parte só vem sexo, sexo e também... Mais sexo.

     Tenho que confessar que li o livro (o primeiro e não sei se terei coragem de ler os próximos) apenas a meio de pesquisa para o filme, na época quando lançaram (e quando TODOS diziam que era um ótimo livro) tentei evita-lo ao máximo, já era muita vergonha alheia ter lido (e amado) a saga crepúsculo, onde a escritora E.L James buscou inspiração para criar uma fan fic que fez um sucesso absurdo e virou este livro e por isso não queria um crepúsculo parte 2 na minha vida e também por que não me interessei pela história, mas antes de ver o filme fui ler o livro e com ele me considerei uma ótima escritora, para você ver a qualidade do produto. O livro parece ter sido escrito por uma menina de 13 anos, a qualidade da escrita é muito precária, são diálogos sem sentido, misturado a uma protagonista chata e irritante com sua deusa (chata e irritante) interior e um protagonista que tem raros momentos de príncipe encantado, mas eu aplaudo a escritora simplesmente pelo fato de ter criado personagens tão apáticos e ter feito vários leitores pelo mundo a fora. Ela é O CARA! (Nome de homem ela tem)

     E agora preciso lhes confessar outra coisa, eu gostei do filme! Não é um filme excelente, nem beira a isso, mas é bem melhor do que o livro, como eu não gostei do livro eu não tinha muita expectativa por isso fui de peito aberto e achei o resultado razoável e assistível. É claro que todos os diálogos ruins, a falta de uma trama e a história sem fundamento ainda estão lá, as atuações não salvam. Jamie Dornan é tão frio e apático como o Christian do livro. A única diferença é que ele não faz o estilo bad boy (como o Charlie hunnan de SOA faria) ele é sexy, charmoso mas faz mais o estilo galã teen com sua performance inexpressiva e preguiçosa, a falta de esforço dele incomoda bastante. Não tem cara de homem que faz o que o personagem faz. Os demais atores são todos descartáveis e diferentes da beleza pintada pelo livro, não há atrativos físicos e nem de atuação. A única que se saiu bem e deu um novo ar à personagem foi Dakota Johnson que eu pensei que fosse novata, mas já fez uns filmes por ai, fez à rede social, anjos da lei, need for speed e eu não se lembrava dela em nenhum desses, sorry! Ela é filha da Melanie griffith, ou seja ela é enteada do Antônio bandeiras e é filha do Don johnson, um cara da série Miami vice, e até que ela se saiu bem como a Ana, não é um primor de atuação mas ela reconstruiu a Ana do livro e tornou ela mais suportável e até mais divertida. Ela é bonita e aparece completamente pelada na maioria das cenas, então bônus pros meninos, mesmo que o corpo dela não seja tão agradável aos olhos. Então apesar de não ter muita experiência, mesmo tendo alguns trabalhos no currículo, Dakota foi o alivio cômico da trama, e isso interpretando Anastásia steele a mala mais sem alça da literatura. No filme ela deixa Anastácia mais divertida e relaxada. Ela liga bêbada, faz piada, dança, ri e brinca. O oposto da Ana do livro. Outra coisa digerível no filme são as cenas de sexo, prometeram muito menos do que se viu na tela, apesar da escritora e de muita gente ter pedido mais, o que se mostrou foi o suficiente e mais um pouco, o sexo é apimentado, apesar de cronometrado e visivelmente ensaiado, não me incomodei pois no livro é exatamente assim que acontece, por isso ficava tão de saco cheio do sexo no livro, no filme dá para colorir mais e transformar os movimentos sincronizados em algo excitante e até divertido. O trabalho da diretora foi nulo quanto a isso.
     Então se você não leu o livro e quer ver o filme não vá achando que irá ver algo tão sensual quanto 9 semanas e meia de amor, como muitos críticos estão ressaltando e comparando por ai, as cenas são excitantes e ponto, nada de muito fenomenal, e se você leu vai encontrar um filme bastante fiel, não estou falando de características físicas idênticas ao dos personagens, parem de mimimi em relação a isso, estou falando que absolutamente todas as cenas relevantes estão lá, pelo menos não senti falta de nenhuma cena, mas bem que gostaria de vê-lo ouvindo toxic da Britney Spears, já que essa faixa não estava na trilha sonora deduzi que esta cena não estaria no filme (se tivesse seria divertido porem descartável a trama) e por falar em trilha o atrativo do filme é todo em torno da excelente trilha sonora, com músicas sensuais impecáveis, feitas exclusivamente para seduções e stripper caseiros rs a versão de crazy in love da beyoncé ficou espetacular, isso na minha mera opinião, um ser que não entende nada de música! A música do filme é a única coisa boa dele para muitos e eu que tentei me afastar ao máximo de um “crepúsculo 2” literário, acabei me rendendo a um “crepúsculo 2” cinematográfico. Oops I Did it again....