sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Especial de Halloween: Annabelle


       Filmes de terror com teor sobrenatural são sempre bem recebidos e estão fazendo um estrondoso sucesso nos EUA e mundo a fora. Com Annabelle não foi diferente. Faturou alto nas bilheterias de todo o mundo e ficou semanas em 1° lugar aqui no Brasil. Todo esse alvoroço se deve ao fato da boneca maldita ter aparecido em Invocação do mal, filme com Vera Farmiga e Patrick Wilson. Ainda não o vi, mas dizem ser muito superior a este. E também porque a historia é verídica e existiu sim uma boneca possuída nos anos 70 que se mexia e fazia coisas bizarras, eu morreria de medo somente pelo fato dela ser quase do meu tamanho e ser mais ou tão quanto medonha que a Annabelle do filme. Filmes baseados em fatos reais tem a tendência de amedrontar mais e deve ser por isso que ele levou tanta gente às salas de cinema. O filme divide critica e opinião popular. Estou no time daqueles que o acharam extremamente fraco e descartável. Graças a Deus não perdi meu tempo de ir ao cinema. Sei que sairia frustrada, assim como me senti ao terminar o filme numa telinha de computador.

       Annabelle conta a historia de um casal que está prestes a ter um filho e o marido presenteia a esposa com uma boneca. Até ai tudo bem. Até o casal de vizinhos serem assassinados pela própria filha e seu namorado em uma espécie de culto satânico. De repente eles aparecem na casa do casal de protagonistas e numa luta o namorado acaba morto e a menina se suicida com a tal boneca no colo e após isso eventos estranhos começam a acontecer na casa e no futuro prédio pra onde eles se mudam.
       Devo confessar-lhes que sou muito fraca pra filme de terror e por causa disso esse é o gênero que menos gosto. E além do fato de ser medrosa também não curto porque gosto de filmes com boas histórias, bons atores e bons desfechos e essas são coisas raras no gênero terror. Claro que existem exceções como o filme Os outros com a Nicole Kidman, Mama com a Jessica Chastain e agora O exorcista entrou pra minha lista particular de filmes Bons de terror e olha que depois de tantos anos peguei coragem de assisti-lo somente semanas atrás. Apesar das coisas nojentas e momentos “no sense” tem um roteiro bem amarrado. E é essas coisas que me fazem apreciar um filme de terror, o que não aconteceu com Annabelle.
       Os atores são inexpressivos e os furos de roteiro são imperdoáveis. Fora os diálogos pobres. Sem muito a acrescentar e surpreender na trama. E coisas absurdas como a mulher ficar feliz de ganhar uma boneca horrenda daquela que mais parece um palhaço macabro e a estatua de um demônio na frente da igreja (what?). Os sustos são pouquíssimos, não houve nenhum momento em que pulei da cadeira, houve cenas em que jurei que viria um grande susto pela frente, mas nada acontecia, principalmente da parte da boneca. Ela não fez absolutamente NADA o filme inteiro. Não quero lhes dar spoilers mas tirem suas próprias conclusões. Não houve viradas de cabeça, risadas infantis aterrorizantes, corridinhas atrás das pessoas, e outras coisas, acho que fui com o Chucky na cabeça, pois ele fazia tudo isso e muito mais. E por isso era legal.
O filme é vendido como uma versão feminina do boneco ruivo e quando assistimos não é nada disso. Pretendemos ver uma bonequinha tocando o terror pra cima de uma família quando na verdade a única figura sobrenatural ali é o espirito da Annabelle que se suicidou. As únicas cenas que dão medo são aquelas em que aparece essa assombração. A Boneca é apenas uma “casa” para os momentos em que Annabelle não está vagando e correndo atrás da protagonista. A Boneca é rebaixada a uma figurante que muda de posição em certos momentos e flutua em outros....isso mesmo FLUTUA. 
Se você quer ver um filme sobre espíritos e demônios vá ver Annabelle, mas se você quer ver algo sobre um brinquedo assassino passe longe desse filme e vá assistir novamente aos filmes do Chucky que realmente te dão sustos e até te proporciona risadas (hoje em dia porque antigamente me cagava de medo) E o diretor de Chucky ainda quer juntar os dois, que ideia absurda, Chucky dará uma surra na Annabelle se isso acontecer e ela continuará parada. Seria mais adequado tirar a cara da boneca dos posters e colocar a foto da verdadeira Annabelle, o espírito, pois só assim as pessoas não seriam enganadas.


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Maze Runner - Correr Ou Morrer

       



       Maze runner – correr ou morrer é derivado de mais um livro que foi adaptado para os cinemas. A saga escrita por James Dashner foi lançada em 2009 e tem muitos fãs adolescentes ao redor do mundo. Parece que essa moda (adaptação literária) veio para ficar e virou a “receita de bolo” para arrecadar nas bilheterias. Afinal, as sagas já têm seus seguidores e adapta-las para o cinema só farão com que elas tenham mais notoriedade. É verdade que a formula anda dando certo, mas ainda há aqueles “bolos solados” como é o caso deste que não teve o publico que merecia. Certamente não foi um fiasco, mas também não foi um campeão de bilheteria como seu precursor Jogos Vorazes. Talvez tenha sido pelo elenco pouco conhecido.
       Quem vive o protagonista é Dylan O’brian da serie Teen Wolf que por acaso eu acompanho (só não sei o que esperar dessa ultima temporada, que começou maaaais ou menooos), mas não vá ao cinema com a expectativa de ver um personagem semelhante ao fanfarrão do Stiles. Neste filme ele está muito mais maduro e sério. Quase não sorri e como sempre não fica com a garota. Teresa a única garota no meio daquela meninada toda é interpretada por Kaya Scodelario uma atriz inglesa que é filha de Brasileira e fala fluentemente o português, ela fez alguns filmes independentes e a serie Skins. Neste filme ela aparece como possível namoradinha do protagonista (eles tem um passado juntos, mas não foram um casal), porem o filme rola e nada acontece, só quando as luzes se acendem que você para e pensa: “eles nem ficaram juntos” o restante dos meninos você já viu em algum lugar como Will Poulter novamente como o vilãozinho mala, antes ele viveu o Eustáquio de Nárnia e beijou a Jennifer Aniston e a Emma Roberts em família do bagulho e Thomas Sangster que fez simplesmente amor e Game of Thrones.
       

       O filme começa com Thomas (Dylan) subindo por uma caixa/elevador de metal e indo parar dentro de uma comunidade utópica que vive cercada por muros enormes que se abrem uma vez por dia e que dá para um labirinto. O único jeito de sair de lá é enfrentando esse labirinto com aranhas gigantes e outras emboscadas. Os únicos que entram nesse labirinto a fim de explora-lo são os “corredores” e essa função se torna um anseio do protagonista que fica inquieto por estar ali enquanto seus “colegas de reality” parecem conformados com a situação.
       O titulo do filme faz jus a ele. Afinal Maze Runner é correria do começo ao fim. E os atores são eficientes em transparecer para o espectador a aflição de passar por aquilo. Seus olhos se fixam na tela e cada tentativa de escapar é um momento de adrenalina para quem está assistindo. O único problema é que é tanto menino que quem esta na sala de cinema pode se perder. Mas aos poucos fica explicito quem será ou não relevante para a historia. A introdução de uma menina poderia mudar algo não é mesmo? A resposta é não. Apesar de a chegada dela trazer algumas explicações para a estadia deles ali sua personagem não acrescentou muito a trama. O passado de cada um é um mistério e só será apresentado nos próximos filmes. Então aguardem cenas dos próximos capítulos...

       O filme é fácil, não tem grandes viradas na trama, tem um gordinho fofo fazendo gordisse à lá Goonies, o final é introdutório, contudo previsível (principalmente com relação a uma morte que ocorre) e nem tem vilões memoráveis. O roteiro não é lá essas coisas e as cenas de ação tanto no labirinto quanto na clareira são por vezes muito escuras. Tenho implicância com cenas assim, foi o caso de super 8, de J.J. abrams, gostei muito do que vi e só não amei por conta das cenas extremamente escuras, principalmente quando entrava em cena o alienígena maloqueiro. Ambos são filmes para o publico teen que joga videogame e está acostumado com toda essa obscuridade, mas eu já to ficando velha e minha visão já está começando a capengar, portanto clareia mais a bagaça ai! Talvez esse filme passe despercebido pelas meninas que sempre querem um casalzinho para romantizar a coisa toda, contudo é um excelente entretenimento que poderá se desenvolver no cinema e nos trazer uma grande saga nos próximos filmes.

sábado, 11 de outubro de 2014

Jovens e poderosas

       O feminismo é uma proposta muito defendida, ele está implícito em discursos, musicas filmes e tudo mais que a política e a cultura pop nos têm a oferecer. Apesar do objetivo dessa campanha ser a busca pela igualdade de gêneros muitas mulheres tratam essa causa de maneira muito radical e acham que o modo de defendê-la é passando por cima dos outros. Pode parecer machista da minha parte, uma mulher, mas na minha humilde opinião esse pensamento feroz de que somos melhores do que os homens é hipocrisia e uma tremenda babaquice. Sim, nós somos fortes, independentes, autossuficientes e profissionais, mas nesses adjetivos qual deles nos difere dos homens? Eu sei que aguentamos a dor como ninguém, sabemos lidar com a dor do parto e um homem não aguenta nem uma dor de cabeça, sei que atuamos em áreas que anos atrás nunca veriam uma mulher inserida, sei que conseguimos lidar com o trabalho, o marido, os filhos e por ai vai... São muitas nossas qualidades, assim como as dos homens e nesse intuito criou-se uma proposta para igualdade de gêneros. Afinal porque lutar a favor de uma superioridade feminina que nunca será concretizada se podemos lutar a favor de igualdade de direitos, salário, reconhecimento e oportunidades?
        Pensando nisso a mais nova embaixadora da boa vontade da entidade das nações unidas para a igualdade de gêneros e o empoderamento das mulheres (ufa!) srta Emma Watson, a eterna Hermione lançou a campanha He for She e fez um discurso extraordinário defendendo essa causa. E foi ovacionada de pé. E daí você pensa, da onde saiu toda a mágica e o poder dessa menina de apenas 24 anos? Não foi apenas de Harry Potter, disso te garanto. Foi de toda uma experiência vivida dentro e fora das telas em que ela foi tratada diferente por ser mulher e onde viu homens serem tratados diferentes também. Isso está presente em parte do discurso dela. Emma é graduada em literatura inglesa pela universidade de Brown e essa educação de qualidade a capacitou bastante para chegar onde ela está agora, na ONU. Por isso ela sabe o que diz.


       Emma é uma jovem atriz que passa toda a sua força através das palavras e no cinema contemporâneo podemos constatar jovens que são tão audaciosas como ela. Personagens femininas fortes que protagonizam filmes de ação, romance, animação e etc e que roubam a cena. E que trouxeram uma nova roupagem para os filmes em que atuam. De certo que heroínas de ação sempre existiram, por ex: Tomb Raider (na época em que Angelina Jolie ainda era gostosa) A beatrix de Kill Bill (Uma Thurman), A Alice de Residente Evil,interpretada por Milla Jovovich (Milla é especialista nos filmes de ação) e Selene de Anjos da noite interpretada pela Kate Beckinsale.Fora as mulheres gato e afins, entre muitas outras.
       Existe até certo preconceito em relação a esses filmes protagonizados por mulheres. É por conta disso que os grandões da Warner são tão relutantes em fazer um filme solo da mulher maravilha, eles afirmam que filmes de heróis protagonizado por mulheres nunca dá bilheteria, como foi o caso de Elektra por exemplo. Mas convenhamos quem é Elektra perto da amazona Diana? Quando você pensa em heroína super poderosa quem vem na sua mente? Aposto que não são a lindinha, a docinho e a florzinha, é claro que vem a mulher maravilha. Gal Gadot,atriz que viverá a Wonder Woman nos cinemas tem contrato assinado para mais três filmes da princesa e há suspeitas de que um filme solo finalmente sairá do papel após Batman x superman onde ela fará apenas uma participação super especial como foi o caso da viúva negra em homem de ferro 2. E essa é outra que está tentando engatar um filme solo. Robert Downey jr apoia, o diretor de Game of thrones também, basta saber se a Marvel também ficará de mimimi.
       Famosas ou não foi se o tempo em que uma protagonista tinha que ser madura para ser uma heroína, atualmente elas são cada vez mais jovens e mostram que vão da porradaria até a derrubada de sistemas opressores. Entre elas estão:
   
         Katniss everdeen – Jennifer Lawrence



No primeiro jogos vorazes Katniss se voluntariou como tributo no lugar da irmã Prim e aos poucos foi se mostrando uma forte concorrente tanto para seus adversários na arena quanto para o presidente snow. Ela seguiu quebrando todas as regras até ferrar de vez com o sistema em Jogos vorazes – Em chamas. O terceiro filme Jogos vorazes – a esperança parte 1 chega aos cinemas em 20 de novembro. Quem também ta ansioso levanta a mão!
   
       Lucy e viúva negra – Scarlett Johansson



Mesmo que toda sensacionalidade de Lucy venha de uma droga sintética o fato é que ela soube ser inteligente e vingativa como ninguém, leia o review que fiz sobre o filme. Alem dela scar Jo encarnou outra heroína, a única mulher no grupo dos vingadores e que apesar de estar com o cabelo estranho nesse filme e lambido em capitão America 2, o que importa mesmo foi ter visto suas lutas coreografadas, ela ter deixado o Loki com cara de trouxa após descobrir o plano dele com o hulk e ter visto ela derrubando seu próprio diretor Jon Favreau no ringue em homem de ferro 2 e com o cabelo muito mais bonito.
   
       Gamora e Uhura – zoe Saldana



Alem de fazer filmes de ação como Colombiana, zoe também já é presença vip de filmes campeões de bilheteria como Avatar, Guardiões da Galáxia e Star Trek. Conhecidentemente esses três se passam em outros planetas, parece que suas personagens gostam de morar em lugares exóticos, ter cores de pele diferente (azul/verde) e uma delas prefere namorar caras de orelhas pontudas. E elas não são apenas brigonas e autoritárias, elas lutam por alguma causa, seja pessoal ou pelo seu povo.
    
      Hit girl- Chloe Moretz



Essa é a mais jovem de todas e possivelmente a mais durona. Mesmo com a pouca idade foi treinada pelo pai big daddy (Nicolas Cage) a ser uma assassina em potencial. Ela atira, dá socos, fala palavrão e acaba com a raça dos colegas de classe que tentam fazer bullyng com ela. Tudo isso com uma peruca Chanel roxa que não sai do lugar de jeito nenhum. Acho que toda criança deveria ter uma amiga/segurança como a hit girl na escola.
  
       Elsa- Idina Menzel (Frozen)



Se você assistiu a essa animação achando que iria encontrar uma típica historia da princesa que encontra seu príncipe e são felizes para sempre você pode apertar minha mão porque estamos juntos nessa. Porem o resultado oposto a formula que já conhecíamos foi uma ótima surpresa para mim. É certo de que no inicio a irmã Anna conhece um safado, cachorro, sem vergonha em forma de príncipe e quer se casar com ele logo após conhecê-lo, até que sua irmã Elsa dá um banho de água fria nela e diz: “você não pode se casar com um homem que acabou de conhecer” parece que a Disney percebeu que nem todas as meninas se derretem com qualquer “príncipe encantado” que aparece. Outro contraste é que o foco da animação é o relacionamento entre as irmãs e o amor entre elas. A independência de Elsa e o fato dela se afastar da irmã pra proteger ela dos seus poderes congelantes mostra a evolução dos contos da Disney. Ela é forte, independente, autossuficiente e mesmo assim continua sendo uma princesa.
    
      Beatrice (ou tris)- Shailene Woodley




Divergente é mais uma saga nos moldes de Jogos Vorazes que também foi uma adaptação de um sucesso literário teen e assim como The Hunger Games também tem como estrela principal uma menina corajosa, mas confusa com a forma que as coisas funcionam no mundo onde vive. Nesse a historia também se passa no futuro. As semelhanças são muitas, apesar de Divergente ser muito inferior á jogos vorazes e a protagonista ser bem mais insegura. Hazel Grace de A Culpa é Das Estrelas, outra personagem de Shailene chega a ser mais forte do que Tris em alguns momentos. É mais para o final que Beatrice se impõe e consegue passar por cima do comando da personagem de Kate Winslet